segunda-feira, 22 de junho de 2015

O nome Antônio quer dizer “o propagador da verdade”, e era isso que o santo mais queria. Espalhar o amor à fé.




No Brasil, a figura do moço de traços nobres e bonitos com Jesus ao colo é vista em casas, altares, medalhinhas e santinhos. Ela se perpetua em nossa lembrança de forma carinhosa.

O santo é tão amado que são inúmeras as crianças com seu nome em Portugal, França, Espanha, Itália e por aqui.Santo Antônio é popular porque amou os pobres, como exige a Ordemdos Franciscanos, à qual pertenceu. Segundo a tradição, dedicou sua vida a ajudá-los, inclusive materialmente. Alguns relatos contam que ele teria conseguido um dote para uma moça italiana casadoira (daí ser o santo das casamenteiras), outros falam que distribuiu pães doados por uma devota francesa que lhe atribuiu um milagre (segundo a tradição, o pãozinho bento dado pelas igrejas consagradas a ele no dia 13 de junho garante fartura em casa se colocado numa lata de mantimentos). O santo também teria o dom de devolver objetos e de obter vitória em causas perdidas devido a outro grande feito: teria convencido um noviço a se arrepender de lhe ter roubado o livro de orações depois de esse fiel ter avistado o diabo numa ponte.

Além das histórias ligadas a Santo Antônio, uma graciosa tela de um monge holandês no século 16 talvez tenha sido uma das maiores publicidades de seu carisma: ele pintou o santo se divertindo com as traquinagens do Menino Jesus espalhando livros pelo chão de uma biblioteca. Nela, Antônio mostra sua alegria e bondade com a Criança Divina, e por essa intimidade com o Menino Deus se tornou o santo ideal para receber nossos pedidos. Sua opção pelos pobres e pela simplicidade vinha do seu coração, mas a imagem de frade generoso e bonachão não mostra totalmente quem Antônio era: um homem extremamente culto, leitor de autores gregos e latinos, com vasto conhecimento sobre a ciência de sua época,conforme se lê em seus sermões. Com extrema capacidade de usar bem as palavras e notável ardor, o frade conseguia converter o mais renitente dos ímpios. Sua coragem também era reconhecida. No sincretismo religioso brasileiro, por exemplo, ele é considerado em parte do Brasil como Ogum, o orixá guerreiro (em algumas regiões, divide o título com São Jorge). Segundo alguns estudiosos, talvez seja essa a razão pela qual as moças o “martirizem” quando ele não quer atendera seus pedidos (o deixam de cabeça para baixo, tiram o Menino Jesus de seu colo, o colocam na geladeira ou num poço...).

Antônio morreu na Itália no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos. O papa Gregório IX o canonizou apenas 11 meses depois de sua morte,e o chamou de “santo de todo mundo”, numa alusão à fama que ele tinha em vida. Se já foi célebre em seu tempo, hoje nem se fala. O protetor do Menino Jesus e das moças é amado em todo o Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário